terça-feira, 28 de junho de 2011

Especialista: Uma Tomada De Decisão!

Depois de cinco anos atuando pela seleção brasileira de handebol de areia, pude aprender muito com os ensinamentos do professor Guerra Peixe e também consegui tirar algumas conclusões.
Estas conclusões publicarei aqui em postagens diferentes.
Camila Ramos contra o uruguai
Parte I

A primeira delas está relacionada com a principal função do jogador que atua como especialista.

Pergunto! Quem nunca se deparou com a situação em que você vai a um determinado restaurante, abre o cardápio e fica na dúvida em qual prato escolher? Pode parecer estranho essa pergunta, mas podemos fazer um paralelo dessa situação corriqueira com o que acontece em todo momento nos ataques do beach handball.

Vejamos:

O ataque encontra-se em superioridade numérica e a defesa ainda tem a preocupação constante com o especialista porque seu gol vale dois pontos, portanto, em todo momento que há uma ação ofensiva existe alguém livre de marcação, e aí é o momento que entra a dúvida do jogador com a bola na mão e que, na maioria das vezes, é o especialista por ser a opção mais adequada de oferecer perigo a defesa.

Eis a comparação: qual prato escolher no restaurante ou o que fazer com a bola na mão?

Essa é a parte difícil para quem joga nessa posição, porque diferentemente da ida ao restaurante, a ação ofensiva para o gol deve ser tomada em milésimos de segundo, isto é, em pouco tempo o atleta tem que ler a defesa para saber qual melhor opção a ser tomada, que invariavelmente são elas: Passe para o lateral esquerdo (aéreo ou para giro), passe para o pivô, passe para o lateral direito(aéreo ou giro) e arremesso do próprio especialista com ou sem infiltração.

Para que essa ação se configure, torna-se necessário que o especialista ataque em diagonal ao lado oposto do pivô, isto porque se ele fizer a ação ofensiva no mesmo lado em que o pivô está posicionado ele estará auxiliando a defesa, fazendo com que um único marcador obstrua a passagem de dois atletas do ataque, acabando com a superioridade numérica. Um bom especialista, tem que ter o raciocínio rápido para poder tomar a decisão mais favorável para facilitar o caminho do gol. O professor Guerra Peixe compara o jogador especialista do beach handball com o jogador levantador do vôlei de quadra, ele escolhe quem vai cortar a bola ou vai passar de segunda.
Manuela Barros em treinamento

Primeira Conclusão: Jogador especialista não pode ser indeciso, precisa tomar a decisão certa em pouquíssimo tempo.

5 comentários:

Ted Boy disse...

Muito boa a ilustração rapaz, agora um problema para resolver: especialista canhoto - pivô destro,
o pivô pode jogar do lado direito do especialista,possibilitando mais fácil o chute do especialista e sua infiltração. Claro que o pivô tem que ter habilidade para jogar posicionado de forma diferente ou não da certo é melhor o pivô jogar do lado esquerdo mesmo?
Abs ótimo post!

Priscilla disse...

adorei o blog.
to acompanhando e aprendendo ;-)
bjão

Guerra-Peixe disse...

Boas reflexões.
O segundo texto pode ser sobre a escolha entre o especialista chutador ou passador... Ou a vaidade como principal defeito de "especialistas".
Continue escrevendo, assim muita gente vai poder refletir sobre diversas situações do beach handball.

Bruninho disse...

Respondendo...

Ted Boy,

Não vejo problema algum em termos um especialista canhoto e um pivô destro, mas nesse caso o melhor a se fazer é manter o pivô em sua posição do lado esquerdo do ataque, visto que é mais fácil o especialista corrigir sua trajetória de ataque em diagonal ao lado contrário, mesmo sendo lado diferente de sua postura de arremesso. O especialista não precisa girar para valer dois pontos, então penso que é melhor não mexer no pivô e explorar um pouco mais da habilidade do especialista. Ocorre a mesma coisa com um pivô canhoto e um especialista destro e nesse caso, o pivô irá para o lado direito(mais ou menos na linha da trave direita) do ataque e o especialista fará a trajetória para o lado esquerdo. Acredito que essas situações dificultam um pouco mais para o especialista, mas dependendo da altura e qualidade do pivô essa situação é bastante favorável e ainda gera um desconforto a defesa que hoje em dia é acostumada com pivôs destros.

Priscila,

Quando quiser dê a sua opinião! Muito obrigado!

Professor Guerra,

Já tenho reflexões para outros 2 textos, mas não tinha pensado nesses dois temas! Obrigado pela sugestão e fique certo que falarei sobre isso também.

Um grande abraço a todos!

R.Cubana disse...

Oláa Bruninhoo...

O professor Guerra foi muito feliz em sua opinião:

"O segundo texto pode ser sobre a escolha entre o especialista chutador ou passador..."

Muito boa para ser comentada ou descutida!!

Beijosss Brunoo, parabéns pela iniciativa!!