segunda-feira, 7 de novembro de 2011

PIVÔ 100% PRECISÃO!

Como podemos observar, nossa modalidade está crescendo e o nível de nossos atletas está deixando a modalidade cada vez mais dinâmica. Diante dessa observação, vamos ao tema de nosso texto de hoje, o pivô. Com a evolução dos atletas, esta posição passa a ser exercida por qualquer atleta que jogue nas laterais, evitando, portanto, que um atleta jogue apenas nesta posição, isso pode ser claramente notado no nível internacional.
Pergunta-se: Porquê o pivô está perdendo essa essência de uma posição específica?
Daniel Baldacin (Pivô) mundial  2006

O que acontece, na verdade, é que hoje a forma como é jogado o handebol de areia, faz com que a posição seja encarada como sendo a mais fácil, com a função apenas de receber a bola e finalizar de frente para o gol. Não queremos dizer que não existem mais jogadores específicos de pivô, mas a posição está sendo exercida agora por todos das outras posições e pela facilidade que se apresenta é obrigação de cada atleta saber jogar lá.

Flávio Cassilatti (Pivô) Mundial 2006

Se analisarmos todas as posições da modalidade, sem dúvida, o pivô é o que menos tem “problemas” para exercer a sua função, porém essa mesma facilidade é revertida em responsabilidade.
Pivô tem que ter um aproveitamento muito alto em suas finalizações, está a sua principal função. Em um segundo momento, o pivô tem a obrigação de perceber como está se comportando a defesa adversária, logicamente, auxiliado também pelo especialista, isto porque o seu posicionamento vai influenciar para que o seu companheiro receba a bola em melhor condição de gol.
O pivô precisa observar como se comporta o marcador que fica em suas costas e, sem movimentações longas, verificará sem precisa ir mais para o centro da quadra ou se deverá ir mais para lateral. Como saber pra onde ir? Se o marcador lateral está dispondo de muito empenho em tentar roubar o passe para o pivô, se preocupando mais em marcá-lo, deverá o pivô posicionar-se um pouco mais ao centro, abrindo assim mais espaço para o seu companheiro na lateral, caso o mesmo marcador esteja se preocupando mais com a lateral, deverá o pivô posicionar-se um pouco mais para lateral, aumentando o espaço de ação do marcador do meio e dessa forma facilita o seu recebimento do passe. Importante destacar que tais movimentações do pivô não podem ser muito extensas, devem ser definições curtas, caso contrário o pivô estará auxiliando a defesa na marcação.    

Pezão (pivô) Brasileiro em Mongaguá  2009
Em síntese, Pivô tem a obrigação de fazer gol!

6 comentários:

Erick disse...

Po... gostei demais, até por que, antes de ir jogar de especialista, jogava de Pivô e sei o quanto essa posição tem que ser precisa nos arremessos.
Parabéns Bruninnn
abraço.

Marcio Magliano disse...

Que bom que voltou a escrever, Bruno.

O texto está ótimo, mas acho que há uma outra função importante do pivô, que eventualmente se faz necessária e muito importante, que é dar o primeiro combate no passe do goleiro adversário para tentar evitar o contra ataque.

Um abraço e parabéns pelo texto!

Natalia Voss disse...

E o bloqueio do pivô? Existem jogadas onde o pivô pode bloquear para a passagem tanto dos laterais, quanto do goleiro atacante. E fazer o bloqueio na praia não é algo fácil. Muitas vezes se faz errado, sendo interpretadas como falta de ataque. Digo isso, por experiência própria, e na minha equipe tem pessoas que se perdem quando vão para o pivô, por conta do posicionamento, tempo, abilidade para receber a bola de ambos os lados, etc... A posição não é tão simples. Concordo que todos os laterais devem jogar no pivô, assim como o pivô deve jogar na lateral, defesa, hoje nenhum jogador deve ser restrito apenas a uma posição. Existem os específicos do meio da defesa. Mas todos os outros devem jogar em mais de uma.

Natalia Voss disse...

* habilidade (saiu sem o H)

Bruninho disse...

Primeiramente gostaria agradecer pela participação de vocês! O objetivo é justamente esse, conversarmos de forma positiva sobre nossa modalidade.

Vamos lá:

Marcinho,

Não mencionei essa função que você citou por alguns motivos: a primeira delas você já colocou, que é a eventualidade da ação; Em segundo lugar, a obrigação inicial é do lateral que está ao lado da substituição, ele tem que sair o mais rápido possível para que seu companheiro de defesa entre em quadra, evitando assim o arremesso direto e o contra ataque. Quando é este lateral que arremessa ao gol, aí sim o pivô poderá tomar duas atitudes: sair o mais rápido possível porque não está no lance, ou tentar bloquear o lançamento direto.
De toda forma, muito boa a sua colocação!


Natalia Voss,

Muito legal quando vocês meninas participam, sejam sempre bem vindas!

A resposta que eu tenho para suas colocações é um tanto simples:

O handebol de areia é jogado sempre com superioridade, ou seja, toda ação de ataque tomada diferente do básico (coringa atacando entre dois marcadores do lado oposto do pivô) tem tendências ao erro, lógicamente que toda ação é passível que o atleta possa errar, mas quando se tem superioridade, fugir do comum é um risco maior. Não há necessidade de um envolvimento da defesa com movimentações diferentes, a situação de vantagem é permanente, o que necessita é de uma movimentação básica porém, rápida e precisa para que a defesa não tenha tempo de ler o ataque.

Se fizermos uma análise do texto anterior em que falo sobre o especialista, vai perceber que entra na linha de raciocínio da simplicidade da modalidade.


Essa é a minha visão!

Djhandro Ricardo disse...

Participando...

Concordo com a Natália em relação a participação do Pivô nas tomadas táticas do ataque, creio que o Brasil tem por opção tática limitar esta atuação porém algumas equipes fazem uso desta em demasia, e em alguns casos obtém resultados positivos, longe de querer entrar no mérito sobre qual comportamento é mais eficaz vale ressaltar que equipes como Rússia, Ucrânia, Espanha e Egito fazem uso deste recurso.

Em parte compartilho da idéia do Márcio, pois em um jogo dinâmico e contra um adversário que imprime velocidade nas saídas de jogo o pivô deverá se tornar a primeira ação defensiva da equipe.

Gostaria ainda de salientar algumas outras características:
o posição Pivô nos últimos anos principalmente no alto rendimento tem sido ocupada por atletas cada vez mais altos, e com retorno satisfatório, Croácia, Hungria, Brasil e Rússia seguiram esta possível tendência, porém nada impede que jogadores menores tenham desempenho semelhante. Pelo posicionamento em quadra é o jogador de ataque que necessita de uma velocidade de reação ímpar para oportunizar aos compenheiros possibilidades de finalização e por fim, o Pivô é um finalizador nato como bem frizou Bruno em seu texto, portanto a meu ver é geralmente o jogador com o maior número de recursos para esta função, além de atribuir uma plasticidade genial ao jogo principalmente nas jogadas de aérea.

Espero ter contribuido.